Pobres Servos da Divina Providência
Calábria sentia-se impelido interiormente por um desejo intenso de ser todo de Jesus, e amava as pessoas com um imenso amor. Dedicou-se ao cuidado dos meninos abandonados, além de se esforçar de todas as formas para prover-lhes casa e educação. Aumentando os meninos, sentiu-se inspirado a abrir uma casa onde estes meninos pudessem encontrar alimentação, educação, instrução escolar e profissional e, sobretudo, amor.

Auxiliado neste trabalho apostólico por alguns leigos, constituiu-se o primeiro grupo de colaboradores, alguns dos quais, sentiram-se chamados a consagrar-se na Obra. Ele os chamou de Irmãos e quis que vivessem o espírito puro e genuíno: "Antes de tudo olhar-se como irmãos, como tais amar-se reciprocamente uns aos outros e ajudar-se especialmente na vida espiritual; viver totalmente abandonados à Divina Providência; esforçar-se de todas as formas pelo bem estar dos pobres meninos abandonados, para mostrar ao mundo de hoje, tão ateu, tão sem Deus, imerso totalmente na lama, que Deus existe, pensa e tudo provê às suas criaturas".
A Congregação Pobres Servos da Divina Providência, foi aprovada pelo bispo de Verona aos 11 de fevereiro de 1932. A aprovação Pontifícia ocorreu no dia 25 de abril de 1949.
Em 1932, a Obra abriu-se também ao apostolado paroquial na missão em Roma. Em 1934, iniciou-se uma atividade missionária na Índia, a qual foi suspensa por ordem do Visitador Apostólico Abade Manuel Caronti.
Em 1959, foram abertas as missões da Congregação em Salto, no Uruguai e no Brasil chegaram no dia 30 de agosto de 1961 em Porto Alegre.
Pe. João Calábria confiou aos Pobres Servos e às Pobres Servas a mesma missão que o Senhor lhe inspirou, desde quando era um jovem sacerdote: ?AVIVAR NO MUNDO A FÉ E A CONFIANÇA EM DEUS PAI PROVIDENTE?.
Atualmente estamos presentes nos seguintes países: Itália, Romênia, Portugal, Argentina, Uruguai, Paraguai, Angola, Quênia, Filipinas, Índia e Brasil.
Pobres Servos, eis o nosso nome!
Dizemo-nos Pobres . Precisamos, por conseguinte, amar a santa pobreza e sofrer com os problemas que ela nos causa, com as privações, com os sacrifícios, que são uma decorrência natural dessa escolha. Quem ama os confortos e é apegado às próprias comodidades, é pobre de nome, mas não de fato; e então, que prêmio poderá esperar professando o voto de pobreza? Além disso, o amor à santa pobreza nos dará a possibilidade de dividir com outros irmãos os bens a nós concedidos pela divina Providência.
Somos Servos. A exemplo de Jesus, que desde o seu nascimento se proclama o Servo por excelência do Pai, precisamos conformar-nos sempre à santa vontade de Deus, que nos é manifestada pelas santas Regras e pelas ordens dos superiores: "Quae placita sunt Ei facio semper" (Eu faço sempre as coisas que são agradáveis ao Pai).
Enfim, somos os servos da Divina Providência . Devemos viver e demonstrar praticamente o "Não vos angustieis" do santo evangelho. Mantendo-nos distantes das proteções humanas, usemos e guardemos religiosamente as que o Senhor nos envia.
Quanto a nós, amemos o silêncio e o escondimento, contentando-nos com o olhar e a aprovação de Deus. Eventualmente pode ser que a Providência queira que a Obra se manifeste também externamente; apenas executada a missão, porém, retornemos ao nosso silêncio e escondimento: "covinha e toquinha". (Carta do Pe. Calábria aos Religiosos em ocasião do Santo Natal de 1949.)